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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Bahia bate recorde histórico de geração de empregos em 2009

Em 2009, foram gerados 71.170 empregos com carteira assinada na Bahia, recorde histórico da série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, apesar do cenário de crise na economia internacional. O saldo equivale a uma expansão de 5,3% em relação ao ano de 2008, acima das médias nacional (3,11%) e nordestina (4,74%).


O resultado de 2009 ficou bem acima do de 2008 - 41 mil - e do antigo recorde histórico, no ano de 2005 - 64 mil. Este é o terceiro mês consecutivo em 2009 em que a Bahia destacou-se pelo saldo mais expressivo do Nordeste, representando 31,3% do valor gerado nessa região.


Comparando-se aos 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal, a Bahia ocupa a 4ª posição, abaixo apenas de São Paulo (277.573), Minas Gerais (90.608) e Rio de Janeiro (88.875). O secretário do Planejamento, Walter Pinheiro, destacou a importância do resultado. “Atravessamos uma crise internacional e mesmo assim o governador Jaques Wagner conduziu políticas públicas que estimularam setores como o de serviços, comércio e construção civil”.


Dentre ações enumeradas pelo secretário que tiveram peso no bom desempenho da Bahia estão obras de infraestrutura para a construção de hospitais, escolas, sistemas de abastecimento de água, unidades habitacionais e estradas. “Além disso, a política acertada para o aquecimento da economia, com a redução do IPI, ocasionou o crescimento do comércio, que foi um dos setores que mais geraram empregos”, completou.


O secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, observa que o saldo de 71 mil novos empregos conquistado em 2009 é motivo para comemorar. “Tratam-se de empregos formais, portanto, com carteira assinada, garantia de direitos trabalhistas e previdenciários. Significa melhoria nas condições de trabalho, avançando na promoção do trabalho decente para os baianos”.

Evolução


Vasconcelos disse que essa evolução no quadro do emprego já vinha sendo observada nas pesquisas mensais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (SEI/Setre/Dieese/Seade). “Desde o final do ano de 2006, a taxa de desemprego da Região Metropolitana de Salvador caiu 20%. Isto significa que mais 116 mil pessoas, somente na Região Metropolitana de Salvador, foram empregadas, quase todas com carteira assinada”, complementou.


A participação da Região Metropolitana de Salvador (RMS) foi a mais expressiva no ano, com 39.965 empregos gerados ou 56,2% do total, enquanto que o interior do estado, isto é, a região não-metropolitana, criou 31.205 empregos, o equivalente a 43,8%. Os municípios metropolitanos que mais criaram vagas com carteira assinada foram Salvador (32.786) e Lauro de Freitas (5.822).


Com relação aos municípios da região não-metropolitana, Feira de Santana (6.908) e Itapetinga (2.563) sobressaíram-se. Por outro lado, Dias D’Ávila (-1.635) foi o único município da RMS que fechou vagas celetistas e Sento Sé e Catu são os municípios do interior do estado que registraram os saldos mais negativos, com -480 e -366 empregos, respectivamente.


Serviços e Construção civil lideram geração de postos em 2009


Foram 28.099 novos empregos gerados no setor de Serviços na Bahia, que, ao lado da construção civil, com 22.683 novas vagas abertas, revelam o momento de expansão nessas áreas em 2009.

Também de forma intensa, o comércio gerou 14.524 empregos e a Indústria de Transformação 7.258. Os Serviços Industriais de Utilidade Pública (Siup) também geraram novos postos (766), assim como a Indústria Extrativa Mineral (269). As perdas aconteceram na Agropecuária (-2.412) e na Administração Pública (-17 postos).

Dezembro fecha com redução de 4 mil postos

Como tradicionalmente ocorre no último mês do ano, dezembro registrou redução do emprego em 4.254 postos formais. Este saldo foi significativamente superior ao registrado no mesmo mês de 2008, quando a Bahia eliminou 15.225 empregos formais, e é resultado dos 45.963 trabalhadores admitidos e 50.217 desligados na Bahia.


A diretora de Pesquisas da SEI, Thaiz Braga, disse que este é um mês em que tradicionalmente há perdas no emprego formal, enquanto cresce o trabalho informal no país. Para ela, as principais razões sazonais que marcam a série do cadastro do Ministério do Trabalho são a entressafra agrícola, as férias escolares e o esgotamento da bolha de consumo no final do ano, com retrações nos diversos segmentos da indústria. “Em 2009, tivemos inclusive um recuo leve se comparado aos anos anteriores, o que não afetou o montante da geração de empregos total do ano”. O declínio foi de 0,3%.



Os maiores saldos negativos do emprego aconteceram na agropecuária (-3.508), na indústria da construção civil (-1.490) e na indústria de transformação (-1.244). Nos Serviços Industriais de Utilidade Pública (Siup), o volume de demissões também superou as contratações em 113 vagas e a Administração Pública fechou com -1. As perdas foram minimizadas pelos saldos positivos nos Serviços (1.097), Comércio (1.000) e Indústria Extrativa Mineral (5 postos).



O interior do estado registrou um saldo de -3.809, representando 89,5% do total de empregos eliminados na Bahia, reflexo das demissões ocorridas no setor da agropecuária. A RMS, por sua vez, registrou um saldo de -445 empregos, o que equivale a 10,5% do total estadual. Dentre os municípios da RMS, Lauro de Freitas (526), Salvador (190) e Simões Filho (122) foram os maiores geradores de postos de trabalho com carteira assinada em dezembro.


No interior do Estado, destacaram-se Porto Seguro (458) e Ilhéus (255). As maiores demissões nos municípios metropolitanos ocorreram em Camaçari (-1.135) e Dias D’Ávila (-239). No interior do estado, os desempenhos mais negativos ficaram por conta de Casa Nova (-754) e Catu (-620).

Acesse  também:    http://www.youtube.com/agecombahia

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